sábado, 5 de maio de 2012

Quem é esse tal de Padre Wanderson?

Queridos paroquianos,

É com muita simplicidade e com o espírito de fraternidade que quero apresentar a vocês um pouco da minha vida, do meu chamado e de como percebo essa maravilhosa vocação que é ser padre, a serviço do Reino de Deus e da humanidade.
Dizem que não se ama o que não se conhece. Assim, como queremos construir sempre mais, em nossa Paróquia, uma comunidade de amor e de irmãos, onde o padre e seus paroquianos possam se relacionar em um total espírito de fraternidade, quero aqui tomar a iniciativa de me apresentar, de apresentar os desejos de meu coração, pois muitos de vocês já se conhecem e vivem esse amor já maravilhosamente anunciado pelo nosso querido Pe. Alex, e o novo aqui é o padre.
Inicialmente quero dizer que nasci em uma família simples, que até pouco tempo morava em Jundiaí, mas que agora reside em Jarinú. Recebi a fé de meus pais e desde pequeno sentia em meu coração a vontade de ajudar as pessoas a serem felizes. Não tinha muita clareza do que ser na vida, pensei em ser engenheiro para ajudar as pessoas a terem lugares para morar, pensei ser médico para ajudar as pessoas a não sofrer, pensei em muita coisa, até um dia em que, num retiro, senti um chamado ainda mais intenso para ajudar as pessoas. Era um chamado diferente, não se reduzia à solução dos problemas meramente humanos e passageiros. Tratava-se do convite a ajudar as pessoas a serem verdadeiramente felizes, da ajuda às suas angústias e esperanças, do auxílio à santificação, o que resultaria na vida eterna. Eis aí meu chamado.
Muitos foram os desafios para estar hoje aqui. Eles começaram em casa, mas passaram para o próprio seminário e estenderam-se até mesmo depois de ordenado. Entretanto, todos eles serviram para me ajudar a amadurecer e hoje poder estar, por vontade de Deus e mandato da Igreja, à frente deste maravilhoso povo. Uma coisa é certa, quaisquer desafios que nos sejam colocados, todas as perseguições do mundo valem a pena por uma única missa presidida. É indescritível a experiência onde nós, através de nossas frágeis mãos, por ação do Espírito, possibilitamos o Infinito (Deus), tornar-se presente em um humilde e pequeno pedaço de pão. Todos os esforços do mundo valeriam a pena por uma única eucaristia.
Queridos amigos, quero que vocês tenham a certeza de que desejo, do mais profundo de meu coração, ser para vós um pastor. O pastor é aquele que não mede esforços para ajudar a ovelha. Sou convencido de que meu sacerdócio é um dom e como tal, deve ser acolhido, apreciado e apresentado aos amigos. Por esse motivo quero apresentá-lo a vocês para partilhar com todos dessa alegria que preenche meu coração. Quero ser para vocês um pai espiritual, tendo a cada um como verdadeiros filhos e filhas; filhos que, como nos lembra José Saramago, trata de “um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo".
Terei muitos erros, mas espero que, pela graça de Deus e a constância na oração, maiores sejam os acertos. Assim, termino essa pequena apresentação e ficarei por satisfeito se ela deixar cada um de vocês a vontade para virem e conversar com o padre. Pedir esclarecimentos, apresentar outros pontos de vista, discordar ou criticar alguma coisa que possamos ter feito, bem como para qualquer situação que possam se sentir incomodados. Se nos mantivermos juntos, caminharemos melhor.

Um abraço carinhoso na ternura de Nosso Senhor Jesus,

Pe. Wanderson Cintra Silva
Scio enim cui credidi.

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